Depois de alguns meses sem postagens no blog (trabalho e estudo não me deixam com tempo sobrando), peço desculpa a todos os seguidores. Vou tenta ir voltando aos poucos com o ritmo de postagens.
Começando com uma notícia nada boa para os amantes dos animais.
Funcionários de uma fazenda que abriga animais usados em "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" acusam a produtora do filme pela morte de até 27 bichos, informa a agência de notícias Associated Press nesta segunda-feira (19).
De acordo com peões ouvidos na reportagem, a fazenda localizada em Wellington, na Nova Zelândia, está repleta de barrancos, buracos na terra e outras "armadilhas" que teriam provocado a morte de três cavalos, seis cabras, seis ovelhas e uma dúzia de galinhas. Outros dois cavalos também teriam se ferido gravemente, mas sobreviveram.
O peão Chris Langridge afirma que foi contratado para treinar cerca de 50 cavalos em novembro de 2010, mas imediatamente ficou preocupado com as condições do local. Ele diz que tentou preencher os buracos, resultantes da passagem de canais por baixo da terra, e que teria inclusive trazido suas próprias cercas para tentar impedir que cavalos tivessem acesso às áreas mais perigosas. A tarefa, acredita, foi em vão.
O primeiro animal a morrer teria sido um pônei chamado Rainbow (arco-íris, em inglês), que se feriu após saltar de um barranco. "Quando cheguei para trabalhar uma manhã, o pônei ainda estava vivo, mas sua coluna estava quebrada", lembra o peão.
Destinado a se tornar o cavalo de um hobbit - as pequeninas criaturas, menores que os humanos, que aparecem nas histórias do escritor J.R.R. Tolkien -, Rainbow teve de sofrer eutanásia após o acidente.
Uma semana depois, um cavalo chamado Doofus se enroscou em uma cerca e teve as patas feridas. Sobreviveu, mas sofreu bastante, afirma Langridge, que pediu demissão em fevereiro de 2011 e enviou um e-mail aos produtores do longa, alertando sobre os problemas. Segundo o peão, a resposta nunca veio.
De acordo com Johnny Smythe, outro peão da fazenda que abriga cerca de 150 animais usados no filme, as seis cabras e seis ovelhas que ele próprio enterrou morreram após cair em buracos, contrair vermes ou comer alimentos estragados. Já as galinhas teriam sido mortas por cães por não terem sido recolhidas ao galinheiro em ao menos duas ocasiões.
Falhas na fiscalização:
Apesar de garantir que "nenhum animal foi ferido durante as filmagens", a American Humane Association (órgão responsável por garantir a segurança dos bichos durante a produção de um filme) reconhece as baixas na fazenda e afirma que elas podem jogar luz sobre falhas no sistema de fiscalização da entidade, que monitora os sets e estúdios, mas não os locais onde os animais são abrigados e treinados.
Um porta-voz de Peter Jackson, diretor de "O Hobbit" e dos três filmes da série "O Senhor dos Anéis", admite que cavalos, cabras, galinhas e uma ovelha morreram na fazenda, que abriga cerca de 150 animais usados no filme, mas sustenta que algumas das mortes foram provocadas por causas naturais.
Ainda assim, ele concorda que as mortes de pelo menos dois cavalos poderiam ter sido evitadas e afirma que, após os episódios, as condições de segurança no local foram melhoradas.
"O Hobbit - Uma Jornada Inesperada", primeiro longa de uma nova trilogia baseada nas histórias de J.R.R. Tolkien, terá sua pré-estreia mundial na cidade de Wellington, em 28 de novembro, antes de chegar às telas de todo o planeta em dezembro. No Brasil, a estreia está prevista para 14 de dezembro.
O grupo de defesa dos direitos dos animais PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) promete realizar protestos nos eventos de lançamento na Nova Zelândia, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Fonte: Cinema UOL
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